terça-feira, 27 de março de 2012

Obesidade e Degeneração Gordurosa

Dados da Vigilância de Fatores de Risco à Saúde do Governo Federal, com destaque nos mais importantes veículos de comunicação do País, mostram que 43% dos brasileiros têm excesso de peso e, destes, 11,4% são obesos. Muito se fala das doenças que a obesidade pode causar, mas uma delas, é quase sempre esquecida: a esteatose ou doença gordurosa do fígado.
O fígado é um órgão que sofre calado. Quando mal tratado pela ingestão abusiva de alimentos gordurosos pode ser acometido por essa doença que aumenta assustadoramente em todo o mundo, inclusive no Brasil, e já é considerada um problema de saúde pública.
Estamos em uma boa época para advertir a população em geral sobre os males da obesidade. Com a proximidade da Páscoa, aumenta o consumo de chocolate em todas as faixas etárias e em diferentes camadas sociais da população. Em excesso, é um dos fatores que leva ao sobrepeso e, consequentemente, poderá levar o indivíduo, em alguns casos, a desenvolver a esteato-hepatite. Sabe-se que a esteato-hepatite acomete crianças acima dos 10 anos de idade, como também adultos situados na faixa etária entre 20 e 60 anos. O sexo feminino é o mais comprometido (60 a 80%) e mulheres diabéticas com idade superior a 50 anos teriam um maior risco de desenvolver a doença. 
"Acredita-se que exista uma relação direta entre o aparecimento da esteatose e a obesidade. Indivíduos com  sobrepeso (IMC ≥ 25Kg/m²) ou obesos (IMC ≥ 30Kg/m²) acumulam mais gordura no abdome e por isso estão mais propensas a desenvolver a esteatose hepática. Assim como os pacientes com resistência à insulina, diabetes, colesterol alto e hipertensão participam também deste grupo de risco. Felizmente, é possível reverter a esteatose hepática, mas é preciso investir em mudança de estilo de vida, optando por uma dieta rica em frutas, fibras e legumes e pobre em gorduras e carboidratos. A prática de atividade física diária aeróbica de 20 a 40 minutos também auxilia neste tratamento. O uso de medicações específicas para este caso deve ser avaliado individualmente por um profissional habilitado." (Dr. Denise Rosso, Mestre em Nutrologia pela UFRJ. Endocrinologista pela UFF. Membro da SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia). Professora do Curso de Pós-Graduação de Endocrinologia pelo IPEMED – Universidade Gama Filho. "Fellow" do Instituto de Diabetes do texas em San Antonio, Texas, EUA)

(Com modificações)

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