sexta-feira, 15 de junho de 2012

Nutrição na Neoplasia Pediátrica

Os pacientes pediátricos portadores de neoplasias merecem atenção especial, tendo em vista  o estado catabólico gerado pela neoplasia associado a uma alimentação inadequada pode colocar em risco o seu crescimento e desenvolvimento de forma séria e irreversível.As alterações metabólicas decorrentes do câncer, do seu tratamento e alterações nutricionais que estes acarretam, descreve as modalidades terapêuticas utilizadas no manejo nutricional em crianças portadoras de câncer. Conclui-se que fica evidente a necessidade de um profissional nutricionista na equipe multidisciplinar no cuidado direcionado a crianças portadoras de neoplasias, para garantir um estado nutricional adequado do paciente colaborando para uma resposta positiva ao tratamento.

Neoplasia


Neo = Novo; Plasia = formação
“Proliferações locais de clones celulares cuja reprodução foge ao controle normal, e que tendem para um tipo de crescimento autônomo e progressivo, e para a perda de diferenciação.”
Nos organismos multicelulares a taxa de proliferação de cada tipo celular é controlada por um sistema que permite a replicação em níveis homeostáticos.
As replicações contínuas serve para restaurar perdas celulares decorrentes do processo de envelhecimento celular, é uma atividade essencial para o organismo, porém, deve seguir um equlíbrio. Uma característica principal das neoplasias  é justamente o descontrole dessa proliferação.
A reprodução celular é fundamental e em geral existe uma correlação inversa entre a sua diferenciação e multiplicação.  Quanto mais complexo é o estado de diferenciação menor é a taxa de reprodução. Já nas neoplasias, ocorre paralelamente ao aumento do crescimento, a perda da diferenciação celular. Ou seja, as células neoplásicas perdem progressivamente as características  de diferenciação e se tornam atípicas.
A célula neoplásica sofre alteração nos seus mecanismos regulatórios de multiplicação, adquire autonomia de crescimento e se torna independente de estímulos fisiológicos.
Então, neoplasia pode ser entendida como proliferação anormal, descontrolada e autônoma (fora do controle do organismo que regulam a proliferação celular), na qual as células reduzem ou perdem a capacidade de se diferenciar, em consequência de alterações nos genes que regulam o crescimento e a diferenciação celular.
É importante destacar que o aparecimento de células neoplásicas indicam um novo crescimento tecidual com células modificadas geneticamente.
Do ponto de vista clínico, evolutivo e de comportamento, as neoplasias são divididas em duas categorias: MALIGNAS e BENIGNAS.
As neoplasias benignas geralmente não são letais e nem causam sérios transtornos ao hospedeiro.  As malignas, em geral, tem crescimento rápido, e muitas provocam pertubações homeostáticas graves, acabando por levar o paciente à morte.

sábado, 28 de abril de 2012

Doenças Inflamatórias x Má alimentação


Algumas doenças consequentes do processo inflamatórios estão totalmente relacionadas à alimentação e poucos sabem. São elas: enxaquecas, Síndrome Metabólica, diabetes tipo II, obesidade, doenças cardiovasculares, Câncer (alguns tipos), doenças Neurodegenerativas (Alzheimer), doenças autoimunes, entre outras.
Em 2004, a revista TIME alertava em matéria de capa sobre este processo ao qual se referia como “The Secret Killer”. Passados alguns anos, vários estudos evidenciariam ainda mais os fatos citados na matéria e passam a relacioná-los não apenas a condições médicas, mas principalmente, ao estilo de vida adotado pela maior parte da população ocidental. Um dos estudos descreve a inflamação como uma faca de dois gumes; nas situações em que se torna aguda ou que se mantém a baixos níveis, lida com as anormalidades a que o corpo é submetido e promove a cura. Porém quando se mantém em níveis elevados de forma crônica, pode danificar seriamente os tecidos onde estão atuando.
Em geral, o processo antiflamatório é uma defesa do organismo que permite ao corpo resistir ao ataque patológico de bactérias, vírus e parasitas. Foi exatamente este mecanismo que permitiu a evolução da espécie; graças a ele o ser humano sobreviveu às condições adversas ao longo de milhões de anos. Mas, na atualidade, o estilo de vida sedentário, a dieta ocidental e a enorme quantidade de agentes agressores, levam o mecanismo a voltar-se contra si próprio de forma avassaladora. Hoje, estamos em constante contato com substâncias que o organismo pode entender como sendo um ataque nocivo, um exemplo são os conservantes dos alimentos, pesticidas, agrotóxicos, além de poluentes, o que deflagraria por si só uma constante resposta inflamatória.
A relação com a dieta está intimamente ligada à síntese das prostaglandinas pró e anti-inflamatórias, relacionada com o tipo de ácido graxo essencial (Omega 6 e 3), respectivamente, presentes na dieta. Para se manter o equilíbrio, deve-se manter uma razão , ¼ entre os ômegas 3 e 6 , mas, infelizmente, isto não acontece. Numa dieta ocidental, a razão chega a 25/1, o que é, sem dúvida, muito prejudicial ao nosso organismo. Este desequilíbrio acontece principalmente pelo fato dos ácidos graxos do tipo Omega 3  estarem presentes nos óleos de peixe e alguns vegetais como, por exemplo, a linhaça, alimentos  que, infelizmente, não são exatamente usuais nas dietas da maioria da população. Já os Omega 6 são facilmente inseridos nas dietas ocidentais, tendo como principal fonte as gorduras hidrogenadas (presentes na maioria dos produtos industrializados).
Para concluir o impacto da alimentação neste processo, há de se lembrar que alimentos de alto índice glicêmico, aqueles que aumentam rapidamente os níveis de glicose no sangue, também favorecem o processo inflamatório.

Alguns fatores comportamentais que agravam o processo e estão associados à elevação dos biomarcadores do processo inflamatório
* Obesidade e gordura visceral (relação cintura quadril maior que 0,8);
* Fumo;
* Atividade física e aeróbica reduzida;
* Alimentação pobre em óleos de peixes;
* Alimentação pobre em frutas e vegetais.

Algumas doenças consequentes do processo inflamatórios
* Enxaquecas;
* Síndrome Metabólica (diabetes tipo II);
* Obesidade;
* Doenças cardiovasculares;
* Câncer (alguns tipos);
* Doenças Neurodegenerativas (Alzheimer);
* Doenças autoimunes.

Fonte: Revista Vigor - Movimento e Saúde.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Importância da vitamina D na gestação


                Mulheres gestantes devem ter sua vitamina D medida no início da gestação. As gestantes que apresentarem níveis baixos de vitamina D devem receber suplementação e serem acompanhadas por especialistas. É o que nos revela um estudo publicado pelo MJA, Medical Journal of Austrália o qual mostra que mulheres com diabetes gestacional frequentemente apresentam baixos níveis de vitamina D. Potencialmente isso pode levar a uma deficiência na formação óssea e gerar ossos fracos nos bebês. Este trabalho acompanhou 147 mulheres com diabetes gestacional entre fevereiro de 2007 e fevereiro de 2008, e revelou que mais de 40% das gestantes apresentavam baixos níveis de vitamina D. Os piores resultados foram encontrados em morenas e negras.
Sabemos haver uma relação direta e bem estabelecida entre a deficiência de vitamina D materna à presença de deficiência de vitamina D fetal, bem como os níveis de cálcio e o raquitismo na infância. São vários os estudos que demonstram também que há relação direta da deficiência da vitamina D e a pré-eclampsia, a hipertensão arterial, maiores taxas de cesarianas e maior número de nascimentos prematuros. Há pelo menos quatro pesquisas que esclarecem a relação direta dos níveis de vitamina D e a sensibilidade insulínica e risco de diabetes.
Este alarmante número de 41% de deficiência de vitamina D é inaceitável e mostra que a deficiência de vitamina D deve ser tratada como um relevante problema de saúde pública, lembrando que a reposição desta vitamina é eficaz, efetiva e de baixo custo, bem como sua dosagem é rápida e de fácil realização.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Importância da Vitamina D para Hipertensos

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia, no Brasil, são 27 milhões de hipertensos com mais de 18 anos e dois milhões de crianças e adolescentes que enfrentam o problema. "Normalmente, um paciente com pressão igual ou superior a 140/90mmHg é diagnosticado como hipertenso. Além disso, o paciente tem de permanecer com a pressão mais alta do que o normal" explica o cardiologista Enéas Rocco. A hipertensão podem desencadear males que envolvem o sistema circulatório, desde um infarto até um derrame cerebral. Entretanto, há hábitos de vida que implicam em pequenas mudanças que estão totalmente ao alcance e podem blindar seu organismo. Uma desses é consumir VITAMINA D sempre: um estudo realizado pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, revelou que 20% dos casos de hipertensão em mulheres estão associados ao descontrole dos níveis da pressão arterial em decorrência da falta de vitamina D no organismo. A vitamina D pode ser encontrada em alimentos como a manteiga, gema de ovo, fígado, entre outros, mas sua principal fonte de absorção é a luz solar. Com a falta da vitamina, o organismo feminino faz um esforço três vezes maior para manter seu equilíbrio circulatório e acaba sobrecarregando algumas funções como a irrigação das artérias, o que gera um aumento na pressão e desconfortos, como tontura e transpiração excessiva.




Quer saber mais sobre Hipertensão? Visite o blog http://saudeimporta.blogspot.com.br/2010/04/dia-nacional-de-prevencao-e-combate.html

quarta-feira, 28 de março de 2012

Atenção!

CAMPANHA DE DOAÇÃO DE SANGUE NA UFPI DE PARNAIBA-PI
O Hemocentro Regional de Parnaíba vai realizar nos dias 29 e 30 de março no Campus ministro Reis Veloso, da Universidade Federal do Piauí, mais uma campanha para coleta de sangue e cadastro de medula óssea.

A campanha é idealizada pela assistente social da Ufpi, Luciana, e acontece sempre no início do período letivo, como forma de receber os novos alunos e trabalhar a solidariedade entre os universitários.

A coordenadora do Hemocentro Regional de Parnaíba, Allane Samara, afirmou que o a campanha está em sua 3ª edição e um dos objetivos é melhorar o desempenho do Hemocentro em relação ao número de doações. A coordenadora acrescenta que na última campanha realizada na Ufpi, foram coletadas cerca de 100 bolsas por dia, e a meta é superar este número de doações.

Para doar sangue é necessário ter entre 16 e 68 anos, ter dormido bem a noite anterior à doação, pesar a partir de 50 quilos, estar saudável, alimentado e apresentar documento original com foto. Os menores de idade devem apresentar um termo de consentimento (que pode ser impresso do site www.hemopi.pi.gov.br assinado pelo responsável legal.

A doação de sangue é simples e segura, todo o processo é acompanhado por profissionais qualificados. Após a doação, é importante ingerir bastante líquido, não fazer esforços exagerados e não praticar esportes de risco.

A doação é voluntária e ajuda salvar vidas, contribuindo para o Hemopi atender a demanda de transfusão de sangue em todo o Piauí. O sangue doado por uma pessoa ajuda a salvar até quatro vidas e é restituído rapidamente no corpo do doador.



Diabetes Mellitus e Degeneração Gordurosa

De acordo com Drauzio Varella, Diabetes Mellitus é uma doença do metabolismo da glicose causada pela falta ou má absorção de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas e cuja função é quebrar as moléculas de glicose para transformá-las em energia a fim de que seja aproveitada por todas as células. A ausência total ou parcial desse hormônio interfere não só na queima do açúcar como na sua transformação em outras substâncias (proteínas, músculos e gordura).
Na verdade, não se trata de uma doença única, mas de um conjunto de doenças com uma característica em comum: aumento da concentração de glicose no sangue provocado por duas diferentes situações:
-Diabetes tipo I – o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina. A instalação da doença ocorre mais na infância e adolescência e é insulinodependente, isto é, exige a aplicação de injeções diárias de insulina; 
-Diabetes tipo II – as células são resistentes à ação da insulina. A incidência da doença que pode não ser insulinodependente, em geral, acomete as pessoas depois dos 40 anos de idade;
-Diabetes gestacional – ocorre durante a gravidez e, na maior parte dos casos, é provocado pelo aumento excessivo de peso da mãe;
-Diabetes associados a outras patologias como as pancreatites alcoólicas, uso de certos medicamentos, etc.
Sintomas
-Poliúria – a pessoa urina demais e, como isso a desidrata, sente muita sede (polidpsia);
-Aumento do apetite;
-Alterações visuais;
-Impotência sexual;
-Infecções fúngicas na pele e nas unhas;
-Feridas, especialmente nos membros inferiores, que demoram a cicatrizar;
-Neuropatias diabéticas provocada pelo comprometimento das terminações nervosas;
-Distúrbios cardíacos e renais.
Fatores de risco
-Obesidade (inclusive a obesidade infantil);
-Hereditariedade;
-Falta de atividade física regular;
-Hipertensão;
-Níveis altos de colesterol e triglicérides;
-Medicamentos, como os à base de cortisona;
-Idade acima dos 40 anos (para o diabetes tipo II);
-Estresse emocional.
Como podemos observar acima, um das principais causas de Diabetes é niveis altos de colesterol e triglicérides, e ao observar postagens anteriores aprendemos que degeneração gordurosa é a infiltração de gordura no interior do parênquima celular e que na degeneração gordurosa, o lipídio predominante é o triglicerídio, sendo que ocorre mais no fígado,chamada de esteatose hepática, onde é o mecanismo através pelo qual a gordura se infiltra nas células do fígado, onde envolve a resistência à ação da insulina, sendo que esta última está associada ao aparecimento do diabetes mellitus tipo 2. Consequentemente, existe um elo entre o diabetes mellitus tipo 2 e a degeneração gordurosa no fígado, e ainda a obesidade.

terça-feira, 27 de março de 2012

Desnutrição protéica e Degeneração Gordurosa

A desnutrição protéica é um exemplo de uma causa que leva a degeneração gordurosa, a gordura é de característica apolar, mas o sangue é polar. Pela lei química apolar dissolve apolar e polar dissolve polar, assim apolar não se mistura com polar, isso seria um grande problema para a fisiologia do organismo, caso não existissem as lipoproteínas. Na engenharia do nosso corpo esse problema foi calculado, assim pessoas com saúde produzem estas lipoproteínas no fígado, que variam de acordo com a densidade, desde os quilomícrons até moléculas LDL(baixa densidade proteica) e HDL(alta densidade proteica), funcionam como transportadores da gordura pelo sangue, possuindo uma parte polar sendo a parte proteica que permite interação com o sangue, permitindo certa solubilidade e outra parte apolar para carregar o lipídio. Para o fígado fabricar essas lipoproteínas é preciso que a pessoa se alimente de proteínas, caso ocorra desnutrição protéica grave o organismo não produz as lipoproteínas como deveria, logo neste caso as gorduras tendem a se acumular nas células hepáticas do fígado(hepatócitos), pois a gordura vinda da alimentação passar pelo fígado para que ele empacote nas lipoproteínas e de lá vão os lipídios para todo o corpo, o fígado então fica gorduroso isso se chama esteatose hepática.


Anóxia e Degeneração

Existe um tipo de degeneração,que é a degeneração hidrópica, onde ocorre em função do comprometimento da regulação do volume celular, que é centrado no controle das concentrações de sódio e potássio no citoplasma. É sabido que a pressão osmótica é maior dentro da célula do que fora, era de se esperar que a água fluísse de fora para dentro da célula para estabelecer um equilíbrio isosmotico. Isto não acontece porque a membrana celular, que é imperfeita neste controle, possui bomba de sódio e potássio, que funcionando com gasto de ATP, faz a extrusão do sódio para fora da célula.
Portanto, todos os processos agressivos que reduzem a atividade da membrana plasmática, da bomba de sódio e potássio e da produção de ATP da célula, levam a retenção de sódio no citoplasma, deixando escapar potássio e com isto há aumento de água citoplasmática para manter as condições isosmoticos e assim ocorre o inchaço da célula.

Acausa mais comum da degeneração hidrópica é a anoxia (hipoxia). A falta de oxigênio altera a respiracao levando a queda de ATP. Todos os processo que requerem ATP como bomba de sódio e potássio, são alterados. A condição de hipoxia é comum em estados de choque. Enfim, todos os processos que interfiram na fosforilacao oxidativa que produzira ATP – seja por carência de oxigênio, falta de substrato (glicose), destruicao da enzima ATPase, estados infeccioso e vários tóxicos, podem produzir degeneração hidrópica.
Condições que agridem a membrana celular como vírus, o cálcio, substancias químicas podem lesar diretamente a membrana plasamtica e levar ao edema celular.
Nos estados de vômitos constantes e diarréia há perda acentuada de vários eletrólitos, incluindo o potássio. Nestas condições, ocorre vacuolização aquosa no citoplasma das células tubulares do rim. O provável mecanismo deste edema é que exista uma alteração na bomba de sódio e potássio pela perda de potássio intracelular, alterando a permeabilidade da membrana.



Fonte:http://www.fop.unicamp.br/ddo/patologia/downloads/db301_un1_Les-Morte-Cel.pdf

Obesidade e Degeneração Gordurosa

Dados da Vigilância de Fatores de Risco à Saúde do Governo Federal, com destaque nos mais importantes veículos de comunicação do País, mostram que 43% dos brasileiros têm excesso de peso e, destes, 11,4% são obesos. Muito se fala das doenças que a obesidade pode causar, mas uma delas, é quase sempre esquecida: a esteatose ou doença gordurosa do fígado.
O fígado é um órgão que sofre calado. Quando mal tratado pela ingestão abusiva de alimentos gordurosos pode ser acometido por essa doença que aumenta assustadoramente em todo o mundo, inclusive no Brasil, e já é considerada um problema de saúde pública.
Estamos em uma boa época para advertir a população em geral sobre os males da obesidade. Com a proximidade da Páscoa, aumenta o consumo de chocolate em todas as faixas etárias e em diferentes camadas sociais da população. Em excesso, é um dos fatores que leva ao sobrepeso e, consequentemente, poderá levar o indivíduo, em alguns casos, a desenvolver a esteato-hepatite. Sabe-se que a esteato-hepatite acomete crianças acima dos 10 anos de idade, como também adultos situados na faixa etária entre 20 e 60 anos. O sexo feminino é o mais comprometido (60 a 80%) e mulheres diabéticas com idade superior a 50 anos teriam um maior risco de desenvolver a doença. 
"Acredita-se que exista uma relação direta entre o aparecimento da esteatose e a obesidade. Indivíduos com  sobrepeso (IMC ≥ 25Kg/m²) ou obesos (IMC ≥ 30Kg/m²) acumulam mais gordura no abdome e por isso estão mais propensas a desenvolver a esteatose hepática. Assim como os pacientes com resistência à insulina, diabetes, colesterol alto e hipertensão participam também deste grupo de risco. Felizmente, é possível reverter a esteatose hepática, mas é preciso investir em mudança de estilo de vida, optando por uma dieta rica em frutas, fibras e legumes e pobre em gorduras e carboidratos. A prática de atividade física diária aeróbica de 20 a 40 minutos também auxilia neste tratamento. O uso de medicações específicas para este caso deve ser avaliado individualmente por um profissional habilitado." (Dr. Denise Rosso, Mestre em Nutrologia pela UFRJ. Endocrinologista pela UFF. Membro da SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia). Professora do Curso de Pós-Graduação de Endocrinologia pelo IPEMED – Universidade Gama Filho. "Fellow" do Instituto de Diabetes do texas em San Antonio, Texas, EUA)

(Com modificações)

Esteatose Hepática

Você tem noção do perigo da esteatose hepática?
O acúmulo de gotículas de gordura dentro das células do fígado é a mais freqüente alteração do órgão, causando a esteatose.
A esteatose hepática ou a chamada “doença gordurosa do fígado” ou ainda degeneração gordurosa no fígado, também conhecida como esteato-hepatite, está presente em indivíduos obesos, com colesterol ou triglicérides elevados ou com diabetes. Por ser uma doença silenciosa, pode ser perigosa e até mesmo fatal. O acúmulo de gordura no fígado, mesmo sem ingestão alcoólica, pode causar cirrose e, em alguns casos, até mesmo câncer de fígado.
É a alteração no fígado mais freqüente em todo o mundo, ocorrendo em crianças e adultos. Nos EUA, onde a população engordou muito, é conhecida como fatty liver (fígado gorduroso), estando presente em 20% da população geral e em até 40% das pessoas a partir de 50 anos! É potencialmente reversível, se suas causas forem diagnosticadas e corrigidas. Por outro lado, se progredir e se associar a um pouco de inflamação, causa cirrose em 15 a 20% dos casos, ao longo dos anos. Causando cirrose, pode também causar câncer do fígado.
A possibilidade de esteatose torna-se ainda mais preocupante, no Brasil, pelo significativo aumento da taxa de crianças e jovens com excesso de peso nos últimos 28 anos, alcançando já 16,7% na faixa de 10 a 19 anos de idade. Isto corresponde a 5,9 milhões de jovens, segundo dados recentes do IBGE. Além disso, 43% dos brasileiros têm excesso de peso, 11% estão obesos, e quase 30% dos adultos são sedentários.
Nas pessoas com o “fígado gorduroso”, há um fenômeno chamado “resistência insulínica”, que desencadeia a infiltração de gotículas de gordura nas células do fígado e vários mecanismos imunológicos que levam à lesão das mesmas, como se elas fossem corpos estranhos ao organismo, provocando o surgimento de inflamação e cicatrizes. Daí pode advir a cirrose.
A esteatose hepática está, pois, frequentemente associada à “Síndrome metabólica”, cujos principais componentes são a obesidade central (em que a gordura se acumula predominantemente no abdome), o diabetes tipo 2, a dislipidemia (aumento do colesterol ou dos triglicérides) e a hipertensão arterial.
Os tratamentos indicados para este tipo de doença são a perda de peso a partir de uma dieta elaborada, os exercícios físicos regulares e moderados e se necessário, correção dos níveis da glicose (se há diabetes), colesterol e triglicérides com a ajuda de medicamentos. Vários outros medicamentos estão sendo pesquisados para o controle da “doença gordurosa do fígado”


Fonte:
Conheça o livro foi inspirado nesta matéria:

Livro Fígado Gorduroso, uma abordadem pedagógica.
Organizado por Marcos Vinhal, o livro conta com a participação de endocrinologistas, hepatologistas, nutricionistas e educadores físicos e tem como objetivo promover a discussão e sistematizar o conhecimento acerca da doença Estateose Hepática, de forma didática e infomativa.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Toxinas e Degeneração Gordurosa

Substancias toxicas podem levar a inflamação e degeneração gordurosa do fígado através de lesão nas mitocôndrias do fígado, levando à incapacidade de metabolizar adequadamente as gorduras no órgão e ainda levar à destruição de células e inflamação. Outras doenças como as doenças inflamatórias intestinais (doença de Crohn, retocolite ulcerativa) podem causar esteatose e inflamação pelo aumento de proteínas inflamatórias e produtos bacterianos que chegam ao fígado pela veia porta. 
Um exemplo de toxina que causa degeneração gordurosa é a Corynebacterium diphtheriae que multiplica-se localmente no nariz, amídalas, faringe e laringe e, menos freqüentemente, na pele, conjuntivas, vulva e ânus. Ela é a responsável pelo quadro clínico mais exuberante e grave. No local da infecção, os leucócitos, depósitos de fibrina, tecido necrótico, bacilos diftéricos e outras bactérias vão formar a pseudomembrana típica da difteria(A difteria é uma doença infecciosa aguda, imunoprevenível e de notificação compulsória, caracterizada pela presença de uma pseudomembrana localizada principalmente em árvore respiratória, que pode produzir sintomatologia sistêmica pela ação de uma exotoxina). Se a cepa for toxigênica, a toxina produzida no local da infecção cai na corrente sangüínea atingindo músculo cardíaco e tecido nervoso, principalmente. O mecanismo de ação da toxina no interior da célula pode causar a inibição da síntese protéica. A partir daí, pode-se imaginar os sérios distúrbios que são causados no metabolismo celular e suas conseqüências, gerando quadros clínicos tão mais graves quanto maior a absorção da toxina, no miocárdio,por exemplo, ocorre a degeneração gordurosa e miocardite, com distúrbios no sistema de condução. 


Fonte: http://www.hepcentro.com.br/esteatose.htm
 http://www.praticahospitalar.com.br/pratica%2035/paginas/materia%2018-35.html

Degeneração Gordurosa

Degenerações são alterações no sistema enzimático da célula,com o acúmulo de substâncias no interior desta causando diminuição de sua função, e ocorrem principalmente no rim, fígado,músculo e coração.
 degeneração gordurosa ou esteatose é a infiltração de gordura no interior do parênquima celular. Na degeneração gordurosa, o lipídio predominante é o triglicerídio. Tanto uma dieta rica em gordura ,excesso de gordura no fígado, quanto pobre em proteína , são as proteínas que carregam a gordura do fígado para os tecidos, podem gerar uma degeneração gordurosa. Algumas causas da Degeneração Gordurosa: Aumento da ingestão de gordura,baixa ingestão de proteína, ingestão de álcool, que diminui a oxidação de triglicerídeos.
 

Fibro edema gelóide

Quem não conhece a famosa celulite? Nós mulheres temos temor a elas nao é? Onde atingem mulheres independentemente de serem gordas, magras, altas ou baixas. Mas afinal, você sabe o que é celulite? Primeiramente,saiba que o termo CELULITE é apenas um temo popular,pois o verdadeiro nome dado é FIBRO EDEMA GELÓIDE, e celulite na realidade significa pus espalhado,difuso,em algum lugar.  Portanto,fibro edema gelóide é um depósito de gordura causado pela inflamação das células adiposas,ou seja celulas "gordas", por toxinas que o corpo não pode eliminar. Quando o processo de eliminação de toxinas é muito lento, o tecido conjuntivo sofre um processo de saturação e torna-se mais grosso e duro, formando as típicas covinhas da celulite,que é mais comum em mulheres. E é um exemplo de degeneração.
Existem dois tipos básicos: a sólida e a branda. A sólida é mais comum nas mulheres jovens em boa forma física e com músculos bem tonificados, em que o tecido celulítico parece aderido ao músculo. Ou seja, somente quando se comprime a pele é que dá para ver os “furinhos”. Já a branda geralmente aparece em mulheres sedentárias cujo tônus muscular é pobre. Nesses casos, a celulite torna-se aparente e pode ocupar grandes áreas do corpo, principalmente nas coxas, nádegas e abdome. Muitos fatores podem agravar-la, entre eles a alimentação desbalanceada, o uso de determinadas pílulas anticoncepcionais, lingeries muito apertadas, cigarro, estresse, vida sedentária, poluição do ar e baixo consumo de água. Também existem alguns alimentos e bebidas que contribuem para seu aparecimento: álcool, café, chá, carne de porco, gorduras de origem animal como bacon, manteiga e banha, cremes, frituras e chocolate.